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EDITORIAL: A BLECAUTE EM TEMPOS PANDÊMICOS
A Revista Blecaute ressurgiu com o seu vigésimo número no auge da primeira onda da pandemia da Covid-19; volta na possível segunda onda da mesma pandemia. Infelizmente, não temos muito que comemorar no cenário internacional e nacional, com quase 2 milhões de morte em todo o mundo, sendo mais de 200 mil só no Brasil. Entre os mortos, vários artistas, escritores, músicos, artistas visuais.
Neste número o leitor terá uma amostra significativa da boa poesia brasileira e lusófona contemporânea. Poetas que vem se destacando por meio das redes sociais, lançando ou próximos de lançar os seus primeiros livros no gênero, a exemplo de Tággidi Mar, Kátia Marchese e Dércio Braúna. Dos mais experientes, trazemos o premiado poeta angolano Lopito Feijóo, bastante conhecido em Portugal, no Brasil e em toda a África.
Nos contos, também trouxemos preciosidades, vozes narrativas diversas, que vão desde jovens ficcionistas, como Isabor Quintiere, a experientes contistas, como Maria Apparecida Coquemala. Entre as resenhas, artigos e ensaios uma diversidade de enfoques, temas, teorias literárias e perspectivas analíticas que exemplificam bem a nossa busca por visibilizar bons estudos literários em nosso país, sejam acadêmicos ou não. O leitor encontrará de estudos sobre autores clássicos, como Manoel Bandeira e Carolina Maria de Jesus, a autores contemporâneos e premiados, a exemplo de Manoel Herzog e João Carrascoza, bem como reflexões sobre práticas de leituras.
Que nosso cenário melhore em 2021, com vacina para todos – o fim de governos autoritários, fascistas e negacionistas, e para nós editores o desejo é que a Revista Blecaute continue cumprindo, mesmo com algum atraso, a sua missão de levar boa literatura e excelente reflexão artística e cultural em suas páginas.
Os editores.
Campina Grande, 31 de dezembro de 2020.

Estante

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N. 20, v.7, 2020.
N. 19, v.6, 2015.
N. 18, v. 6, 2014.
N. 17, v. 6, 2014.
N. 16, v. 5, 2013.
N. 15, v. 5, 2013.
N. 14, v. 5, 2013.
N. 13, v. 4, 2012.
N. 12, v. 4, 2012.
N. 11, v. 4, 2012.
N. 10, v. 4, 2011.
N. 9, v. 3, 2011.
N. 8, v. 3, 2011.
N. 7, v. 2, 2010.
N. 6, v. 2, 2010.
N. 5, v. 2, 2010.
N. 4, v. 2, 2009.
N. 3, v. 1, 2009.
N. 2, v. 1, 2009.
N. 1, v. 1, 2008.

Editores

Bruno Gaudêncio

Escritor e historiador

Doutorando em História Social pela Universidade de São Paulo (USP), Mestre em História pela Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). Graduado em Jornalismo e História pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). Co-editor da Revista Blecaute, de Literatura e Artes. Foi Membro do Conselho Estadual de Cultura da Paraíba. É Sócio Efetivo do Instituto Histórico de Campina Grande (IHCG) e Membro efetivo da Academia de Letras de Campina Grande. Como escritor/historiador publicou dezenas de livros, entre coletânea de poemas, contos, ensaios e roteiros em quadrinhos biográficos. É ministrante de cursos e oficinas em vários estados do Brasil.

Flaw Mendes

Artista visual

Paraibano de Campina Grande. Mora em João Pessoa – PB. Mestre em Artes Visuais (UFPB/UFPE), formado em Letras (UEPB), especialista em Artes Visuais – SENAC EaD. Explora questões relações entre linguagens em instancias artísticas e sociais, tensionando ideias e conceitos. Mistura à sua poética visual elementos textuais e literários e faz desdobramentos por vários suportes e visualidades, como intervenção urbana, site specific, videoarte, livrobjeto, assemblages, objetos, fotografia, história em quadrinhos, escrita, desenho, pintura, gravuras etc.
Equilibra seu tempo entre experimentos com linguagens e técnicas visuais contemporâneas, leituras e desenho.

Portifólio online

Janailson Macêdo

Escritor-professor-historiador

Natural de Campina Grande-PB, desde 2014 reside em Marabá-PA, onde é professor da Faculdade de História da Unifesspa. Doutorando em História Social pela USP. Mestre em história pela UFCG e graduado em história pela UEPB. Pesquisador da história e cultura das populações negras no Brasil. Autor de “Crônicas do Araguaia” (2015), livro de contos ambientado na Guerrilha do Araguaia, e “Mic(r)ofricções” (2012), coletânea de microcontos.

João Matias

Escritor, sociólogo e professor

Doutor em Sociologia pela UFPE e docente na mesma área. Autor de “O Lugar dos Dissidentes” (Editora Escaleras, 2019), dentre outros. Organizou e co-editou, junto com Wander Shirukaya, pela editora Marca de Fantasia (UFPB), o livro “Diacronia: ensaios de comunicação, cultura e ficção científica”. Junto da produtora Vermelho Profundo, contribuiu no argumento do longa-metragem O Nó do Diabo (2018).Escreve, ensaia, pesquisa e organiza coleções sobre literatura, sociologia, política e cultura na interface Brasil-África.

Sobre a blecaute

UMA REVISTA QUE PROMOVE O TALENTO E A INTELIGÊNCIA
O Núcleo Blecaute de Literatura, formado pelos inquietos e talentosos escritores João Matias, Bruno Gaudêncio e Janailson Macedo, vem plantando e colhendo bons frutos em tempos às vezes improdutivos, inférteis. O Núcleo já editou 20 números da Revista Blecaute, que emplaca textos de autores paraibanos e de outros estados, e já realizou cerca de dez Encontros de Literatura Contemporânea em Campina Grande, paralelos aos Encontros da Nova Consciência, que sempre ocorrem no período carnavalesco. Já palestrei e já fui agraciado com um troféu no Encontro de Literatura Contemporânea – que é sempre preparado com empenho, com extremado zelo e responsabilidade. A Revista Blecaute, nessa retomada, traz o espírito diligente, dinâmico, do grupo que a edita. É uma revista que já entrou para o rol das publicações que cumprem, especialmente no Nordeste, a função muito importante de juntar talentos literários, de fazer as ideias circularem – enfim, de promover a inteligência.

Rinaldo de Fernandes

Escritor e professor

As revistas cumprem um papel único na história da literatura. Indicam a direção dos ventos. Alimentam o voo dos pesquisadores e dos escritores. São infinitas. Quando encerram suas atividades, o que já produziram é um rastro indestrutível. A Revista Blecaute, não é diferente. Mapeou, apontou caminhos. Revelou um período de intensa produção na Paraíba. Acolheu a boa literatura contemporânea brasileira. Retorna, pois, sem nunca ter partido.

Lau Siqueira

Poeta e gestor cultural

O retorno da revista Blecaute é uma das poucas notícias boas nesses tempos de pandemia. Precisamos de mais publicações como essa, que divulga nossa literatura e revela novos talentos. Parabéns a equipe pelo retorno.

Linaldo Guedes

Poeta e jornalista

Para mim, que tenho dedicado os últimos quatro anos Wesley Barbosaao estudo da literatura paraibana, a Blecaute serve ao mesmo tempo de fruição e objeto de estudo, meio de contato com a arte e alento, fonte de esperança renovada a cada nova edição, de encontrar novas pérolas com as quais adensarei minha coleção de jóias culturais do nosso estado (novos nomes que, no futuro, poderão integrar o cânone, assim como aconteceu a muitos da já referida Garatuja). Abraço a nona edição e congratulo os editores que, paradoxalmente ao título da revista, têm difundido luz, num contexto onde cada vez mais tentam imperar as sombras.

Wesley Barbosa

Poeta e professor

Registros

Além de editar a revista Blecaute, o Núcleo Literário Blecaute organiza atividades como lançamentos de livros e o Encontro de Literatura Contemporânea (Campina Grande – PB), que já contou com cinco edições. Diversos escritores, acadêmicos e outros interessados em literatura já participaram desses eventos. Deixamos aqui alguns registros.